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Afoguei nesses meus delírios Já se foi aquele amor, Mas ainda morro com aquela dor. Já cansei dos velórios do meu coração Dos enterros e das rosas jogadas ao chão. Não procuro saber onde estou Sigo assim, meu destino Aos tropeços, eu sigo.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Cabeça De Mulher

Seus cachos são ramificações de rosas engaioladas pelos cantos dos pássaros. Mostro-te que tua beleza se convém entre as entrelinhas de uma poesias, mas você insiste em trincar esse rosto com toda amargura de uma bela flor. Quando chega  a esses delírios que seus cachos terem parado com seu balanço. Logo fala que não pertence ao mundo, que as tulipas entupiram seus pulmões, e que os pássaros te deixara moca diante ao eco de seu mundo.

Você diz que ficou surda, pelo eco que se transborda por suas vestes, pelos pássaros que lhe fizeram prisioneira por seus cabelo de mel. Por ser eu um escritor amador dir-te-ei que seus cabelos são suas raízes, que você é uma rosa e que os beija-flores querem tanto beija-la, mas você tende a fugir, a ignorar a essência da poesia, a descobrir o segredo de seus cachos, mas eles são raízes, mas recusas a verdade tanto como recusas tua idade. Tantos poetas já lhe disseram que tu és uma bela mulher, que teu olhar embeleza qualquer quadro, mas por ter medo de natureza, se joga em teu preto e branco na folha que lhe fizeram com sua bela rosa encravada em tua veste.

Por ter nascida sem cor, se perde em meio mundo. Todo poeta que nasce amador, tende a descobrir sua dor. Por você ser uma cabeça de mulher, com toda sua arrogância de uma pequena rosa, chora toda noite a ver sua dor. Seus cachos são ramificações de rosas por tu ser uma cabeça de mulher. Mas insiste em deitar em prantos como se estivesse morrendo em meus braços. Você é uma cabeça de mulher, e por ser mulher é uma flor, e não a algo nenhum que possua a beleza de uma flor além de uma mulher.


(Pedro Igor Fernandes)